Umas nunca tiveram, outras convivem com elas há bastante tempo, mas o assunto é pauta recorrente entre as gestantes de plantão: afinal, é bastante comum o surgimento de estrias na gravidez.
Essas famosas marcas nada mais são do que lesões na derme causadas pelo rompimento das fibras de colágeno por conta de uma distensão abrupta ou extensiva da pele — de homens e mulheres, diga-se de passagem.
Quando aparecem durante a gestação, as estrias também podem ser consequências de alterações hormonais e de outras manifestações desse período, que implicam diversas mudanças no corpo da mulher.
“Além dos fatores que efetivamente causam as lesões, é preciso levar em conta a predisposição familiar e a genética, já que mulheres com ascendência asiática tendem a ter menos estrias”, explica a Dermatologista Dra. Luciana Fieri.
Quer saber mais sobre as relações entre as estrias e a gravidez? Neste artigo te damos mais informações sobre essa condição e como tratá-la.
É possível evitar o surgimento de estrias na gravidez?
Como bem reza a sabedoria popular, prevenir o aparecimento das estrias é mais simples do que lidar com elas depois que surgiram. Na gestação, o controle do ganho de peso é a principal ferramenta para evitá-las, mas existem várias questões que influenciam positiva ou negativamente essas marquinhas.
“Mulheres que engravidaram mais velhas têm menos chances de terem estrias, já que a pele tem naturalmente menos colágeno e um pouco de flacidez. Gestações gemelares, por outro lado, aumentam a probabilidade das estrias surgirem, pois a distensão do abdômen é maior”, aponta Dra. Luciana.
Como tratar as estrias — na gravidez e a qualquer momento?
Garantir a ingestão adequada de água, tão necessária para o funcionamento do organismo, pode ser considerado um apoio na manutenção da pele.
“Uma pele desidratada pode ficar mais suscetível ao aparecimento de estrias, mas essa é uma recomendação médica. Ainda não existem estudos científicos comprovando essa relação”, relata a doutora.
Apesar de existirem inúmeras receitas populares e produtos amplamente propagandeados para evitar estrias na gestação, também não há evidências científicas que comprovem a eficácia de cremes hidratantes na prevenção das estrias. Nem mesmo a famosa aplicação de óleo de amêndoas e pomada para assadura nas regiões das mamas, nádegas, virilha e quadris tem comprovação.
“É inegável, no entanto, que esse hábito mantém a qualidade da pele, o que é sempre benéfico para a mulher”, analisa a Dra. Luciana.
Qual o melhor creme para estrias na gravidez?
Já nesse quesito a Dra. Luciana destaca a importância de se consultar um dermatologista sobre as opções de cremes mais seguros, de olho nas substâncias que devem ser evitadas durante a gestação.
“Muitas substâncias utilizadas para o rejuvenescimento, clareamento da pele e tratamento de acne, como ácido salicílico, hidroquinona e ácido retinóico e seus derivados, não são indicadas para mulheres grávidas. Também não recomendamos produtos com ácido glicólico em concentrações maiores que 10% e ureia em concentrações maiores que 3%”, esclarece.
Resumindo: estria tem tratamento?
Sim, é possível tratar as estrias, mas nem sempre elas serão eliminadas.
“Peelings, microagulhamento, radiofrequência microagulhada, e laser estão entre os tratamentos mais eficazes, mas o uso de cremes com ácidos, prescritos pelo médico dermatologista, também ajudam bastante”, afirmou a Dra. Luciana.
“É importante destacar que dificilmente as estrias desaparecem por completo, que os resultados são muito individuais e a melhora é lenta, pois o objetivo é principalmente amenizar a aparência”, concluiu.
Para as gestantes interessadas no assunto, a recomendação é agendar o tratamento após o parto, já que alguns dos procedimentos podem ser realizados durante a amamentação. Lembre-se de checar com o seu médico a melhor indicação para você.
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